quarta-feira, 9 de maio de 2012


“Linda como a mais bela flor do mais belo jardim. De concreto com piche onde não cresce mais capim. Sem jasmim, ela exala o cheiro da fumaça. Sou eu que passo por ela, não vejo quando ela passa. Me perco nas suas curvas, encontro outros caminhos de sempre estar perto o bastante dos seus carinhos. Ela é tão bela e eu tô sempre junto com ela. Ela é fiel. Os cara passa, olha, mexe, ela nunca dá bola. Eu quero ela e ela me quer, vai ser sempre assim. Faço rolê junto com ela, mesmo se tô sem dindin, e ela nem reclama. Ela é meio calada: acho que perdeu a voz, por estar tão apaixonada. Minha melhor amiga, minha deusa, minha musa, me abusa, me usa, talvez ela te seduza. Passo por ela pra ir no mercado e até na padaria. Lembro que antes ela me paquerava e eu só sorria. Mas agora nosso amor é eterno. Eu escrevi Projota e Rua lá no fim do meu caderno. Eu preservo ela, assim como ela me preserva. Se não sei pra onde ir, deixo que ela me leva. Por ela eu canto, eu rimo, eu vivo. Vem para mim. Seja minha porque eu sou seu. Seja asfaltada ou de barro, se eu tô com ela ‘tá bom. Vai, tô ansioso até umas horas para te ver. Te dedico cada letra escrita nessa canção. Os vagabundos como eu também te têm no coração. Os cara te maltrata, te deixa esburacada, mas a minha paixão por você não diminui nada. Os falsos reclama que é suja, mas e daí? É suja mesmo, a sujeira mais linda que eu já vi.”
~ Projota.

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